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Memorial de Maria Moura



Autor:Rachel de Queiroz


Na verdade, eu já tinha dado a limpeza no bacamarte, que parecia não apresentar defeito nenhum. Quando as meninas fecharam a porta do quarto, eu peguei a chave do paiol. Entrei lá, me trepei num caixote: lá estava a arma, como eu tinha guardado na véspera, enrolada na estopa, com a vareta ao lado. Abri o pacote, enrolei tudo muito bem, arma, vareta e munição. Verifiquei mesmo se tinha bastante pólvora no polvarinho; a munição dava para uma boa carga, a pedra dava faísca... Tudo em ordem. Ele só ia poder dar um tiro. Tinha que ser tudo ou nada.