Autor:CAROL
Num monólogo de profunda densidade psicológica, Rodoreda contrapõe o sofrimento pessoal da protagonista à dor coletiva de uma Espanha exausta e faminta. A suposta ingenuidade de Colometa, sempre à mercê dos acontecimentos e das pessoas ao seu redor, aparece nas entrelinhas através de uma linguagem elÃptica, utilizada à s vezes em um sentido ambÃguo, com uma discreta ironia, com crueldade e agressividade ou com grande lirismo.